Ma vie en rose

De frente, de lado, de costas. En France.


domingo, janeiro 28, 2007

Coisa de pobre

Meu irmão parou o carro na frente de uma lotérica e disse que íamos ficar ricos.
- Vamos jogar.
Antes que eu pudesse chegar até a porta do local, ele, que já estava dentro, virou-se, pestanejando todos os impropérios do mundo, e me puxou pelo braço de volta para a rua.
- Vamos embora.
Sem entender nada, dei meia-volta enquanto buscava alguma explicação, a qual, vinda do meu irmão, em nada me surpreendeu.
- Prêmio de 4 milhões eu não quero. Quero 30, 40 milhões. Ganhar 4 milhões é coisa de pobre.

...

Nos últimos Natais:
- Fê, o que tu queres de presente de Natal?
- Quero dinheiro.

No aniversário de 2005:
- Fê o que tu queres ganhar de aniversário?
- Dinheiro.

Na Páscoa:
- Fê, que chocolate tu queres ganhar?
- Não quero chocolate. Me dá dinheiro.

No último Natal, por telefone:
- Esse ano, o que te dou de presente?
- Tu sabes o que eu quero, não preciso nem te dizer.
Minha mãe, ao fundo:
- Eu não agüento mais essa mesma conversa! Chega! Chega dessa palhaçada dinheiro, guri mercenário!

terça-feira, janeiro 23, 2007

I just can't get enough

Dramática, chorona, novela mexicana – me apelidem do que quiserem, mas não sei viver a vida sem intensidade. Desde pequena, sempre fui assim – ou tudo ou nada, extremista mesmo – características que me levaram a decidir, inclusive, que eu sou assim e pronto. E ponto.
Meus sentimentos seguem este mesmo caminho. Se gosto de alguém, não só gosto, mas gosto, quero, preciso, amo, desesperadamente. E não invejo nem um pouco pessoinhas que passam toda a sua existência manipulando seu coração. Pra quê?
Não acredito que nada possa ser eternamente definitivo, nem eternamente temporário. Se é para estar com alguém, que seja por vontade, ou melhor, por muita vontade, por uma necessidade imensa, incontrolável, para sair rodopiando pelas ruas de tanta felicidade ou se descabelando de tanta tristeza dentro de um quarto escuro ouvindo "Heaven knows I’m miserable now" por não ter sido correspondida. Afinal, só temos o saldo positivo ou negativo de um acontecimento depois que ele já passou. E só sabemos o que é bom ou ruim depois de lidar com o que é bom ou ruim. Como classificar, decidir, definir, querer se não nos permitimos conhecer?
Dane-se quanto tempo dura uma paixão, quero mesmo é fazer valer. Se amanhã ou depois ela já não me será presente, não é problema meu. Deixo esta preocupação a quem vive controlando sentimentos, se privando de tudo por este ou por outro motivo que não quero nem saber. Não me interessa aprender a jogar.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Puppies

Na redação:

- Todos os filhotes de todos os bichos são bonitos.
- Todos, menos os filhotes de barata.