Ma vie en rose

De frente, de lado, de costas. En France.


terça-feira, março 29, 2011

Esqueçam tudo o que eu falei

(Mais outro?) novo blog, mesmas obsessões.

Paris is (not) a party : http://parisnotaparty.wordpress.com/

sexta-feira, abril 16, 2010

Na dúvida, acentue

O francês é uma língua danada, que parece tão simples quando a gente começa a estudar por conta da origem latina. Só depois de algum tempo a gente percebe que o idioma tem um milhão de entonações impossíveis para quem não nasceu francofone, diferentes pronúncias para uma mesma grafia, consoantes que figuram nas palavras com zero finalidade e lá vai fichinha...

E quando a gente já está blasé porque sabe que jamais resolverá todos os enigmas idiomáticos e nada mais na língua francesa nos surpreende, descobre-se coisas que nem Victor Hugo explicaria.

Se você achava um baita falcatrua aquele seu colega de escola que, durante os ditados, acentuava todas as palavras (tipo ÚRÚBÚ), explico: ele estava mesmo era exercitanto o francês. Porque só esse idioma permete grafias como génère, côté, préféré, déjà, créée...

Hoje, em uma das eternas leituras para a dissertação de mestrado, descobri CINCO acentos em uma única palavra. Bom dia, amiguinhos, apresento a vocês HÉTÉROGÉNÉITÉ, a palavra que leva mais acentos em francês.

Todo esse exagero só pra indicar que o E é pronunciado como Ê e não como eles o pronunciam normalmente (E sem acento em francês tem quase o som de Ô). Choro sangue até hoje pela pobre criatura que ficou plantada no terminal O do aeroporto depois de ouvir o aviso sobre a mudança da porta de embarque de seu voo enquanto todo mundo se dirigia ao terminal E.

Eu sei, é inútil dizer que a tradução dessa bagaça de hétérogénéité é heterogeneidade. Não porque eu duvide da capacidade associativa de vocês. Mas porque depois de se deparar com uma grafia assim bizarra, a gente dispensa significantes e significados (Charles Sanders Peirce feelings).

quinta-feira, março 25, 2010

Dia mundial da procrastinação

Então vamos comemorar!

terça-feira, março 23, 2010

Uma questão de ponto de vista

Caminhávamos por Paris quando presenciamos uma criança se esborrachar na calçada. Ainda no chão, o pentelho se esperneava e gritava, chamando a atenção de todo o quarteirão. Os pais o levantaram pelo braço e conferiram que a cria estava sã e salva.

- Não aconteceu nada. Só caiu de maduro - comentei com petit-ami.
- Caiu do quê? - ele rebateu.
- De maduro. É um expressão em português. Como quando a fruta madura cai da árvore.
- Ah, sim. Em francês a gente tem uma expressão equivalente.
- Não conheço. Como vocês dizem?
- Caiu como uma merda.
- Arram. É quase a mesma coisa, só com um pouco menos de sutileza...

domingo, março 21, 2010

Let me alone!

Izia, a nova queridinha da cena roqueira française:

quinta-feira, março 11, 2010

Bate cabelo

No hay uma velha no mundo que não ache minha juba crespa lienda. Até a avó do petit-ami jura que meus cabelos são falsos e que eu passo a noite inteira fazendo bigoudin nas vésperas de toda a vez que vamos visitá-la.




E daí ontem eu cheguei numa descabelação vergonhosa na academia. Tinha um vento ártico na rua. Esse detalhe me deixou numa vibe Tina Turner no final do Mad Max. Foi só entrar no vestiário feminino para minhas colegas sessentonas começarem o bafafá do teu cabelo é lindo.

- É natural?
- Infelizmente.
- Você não faz nada mesmo pra ele ficar assim?
- Eu geralmente faço pra ele ficar assado.
- Pardon?
- Passo a chapa, bees! E rezo, rezo muito pra que não chova.


Assim abri espaço para o futrico da maldade de alisar os cabelos crespos. Bla bla bla bla bla.

- Mas por que você os alisa?
- Porque Macy Gray odeia concorrência.
- Você precisa entender que o crespo serve emoldurar o rosto.
- Também para ESCONDER o rosto quando a gente levanta de manhã.

E aí ouvi o pitaco mais bizarro sobre cabelos dessa longa estrada da vida:

- Daqui a uns trinta anos, você vai valorizar os cabelos que tem.

Trinta anos? NOT. Sentei pra esperar.

terça-feira, março 09, 2010

Revival

Eu já havia desistido desse blog e, depois de 02 eras sem postar, estava até esperando o blogspot dar um tiro de misericórdia na criatura.

A verdade é que minha vida de celebridadge française nao permitia que eu passasse com tanta frequencia por aqui afim de escrever esses textos de infinita finalidadge para a vida da humanidadge. (Entrei sem querer numa vibe poeta agora, PERCEBÃO que criatividadge borbulha nas minhas veias).

Mas eis que um fato principal me inspira o retorno à rotina de procrastinação blogueira: preciso parir uma dissertação de mestrado em quatro meses. E aí que passo o dia inteiro na frente do pc e minha força criativa só aponta para o nonsense.

Resultado: tenho 457 novas ideias de posts e zero ideias para o meu trabalho de final de curso. É o espírito prático tomando conta desse corpo again. (Sou do tempo em que espírito ainda levava acento, azar).

Beijos, minha vida voltou a ser rosa!