Raiz
Segunda-feira de ressaca, de cansaço, de saco cheio, de monografia para fazer.
Abro o portão bem rápido, sem olhar para os lados, fingindo cara de sono, antes que a zeladora, sentada em uma cadeira branca de plástico, no jardim do prédio, faça algum daqueles comentários típicos com seu sotaque colônia italiana que azedam o meu dia, a minha semana e às vezes toda a minha existência.
Ela me observa, esperando o momento exato para o disparate. E isso sempre acontece na hora do "ufa, ela não vai falar nada".
Ahan, e eu pensei isso de novo.
– Menina, ô menina, tu não vais mais pintar o teu cabelo?
Ah, maravilha!
– Vou sim.
Podia fazer de conta que não ouvi e seguir caminhando. Onde estão meus fones de ouvido nessas horas?
– É que tu tá com uma raiz enorme. Tá feio assim, tem que pintar.
Assim começam todas as segundas-feiras de todas as semanas...
Di-ver-são!
Abro o portão bem rápido, sem olhar para os lados, fingindo cara de sono, antes que a zeladora, sentada em uma cadeira branca de plástico, no jardim do prédio, faça algum daqueles comentários típicos com seu sotaque colônia italiana que azedam o meu dia, a minha semana e às vezes toda a minha existência.
Ela me observa, esperando o momento exato para o disparate. E isso sempre acontece na hora do "ufa, ela não vai falar nada".
Ahan, e eu pensei isso de novo.
– Menina, ô menina, tu não vais mais pintar o teu cabelo?
Ah, maravilha!
– Vou sim.
Podia fazer de conta que não ouvi e seguir caminhando. Onde estão meus fones de ouvido nessas horas?
– É que tu tá com uma raiz enorme. Tá feio assim, tem que pintar.
Assim começam todas as segundas-feiras de todas as semanas...
Di-ver-são!
1 Comments:
At 12:26 AM, Dany Darko said…
Hoje ela veio me perguntar porque, se ao invés de passar tinta no cabelo, eu não passo henna...
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