Tragicomédia
Entrevista de emprego, local disputado, editor da empresa esperando, Dany cabelos lisos, Dany parecendo gente normal de calça jeans e camisa e... ops, esse piercing na sobrancelha. Nunca havia cogitado a possibilidade de remover do meu rosto o amado adorno de quase seis anos de companheirismo e aventuras. Há não ser, claro, que eu tivesse 26 anos, estivesse desempregada, desesperada, desiludida e com a conta do banco no vermelho. Ok.
Meia hora tentando tirar a maldita argola e nada. Mais meia hora tentando desenroscar a bolinha do piercing. Em vão. No telefone, uma amiga PhD no assunto diz: “Deve ser a pressão da bolinha. Tens que achar alguma coisa que ‘desmonte’ o piercing”. Alguma coisa como... “Uma pinça!”, pensei ao avistar o promissor instrumento.
Na frente do espelho, a primeira tentativa foi animadora. A argola cedeu e a bolinha do piercing saiu rolando pelo quarto enquanto eu olhava a minha cara de palhaça no espelho e tentava desvendar porque esse tipo de situação só acontece comigo. Sempre nas horas mais impróprias e mais desfavoráveis. A pinça se alojou bem no meio da argola e não tinha reza, nem promessa que a tirasse dali.
Me imaginei na entrevista com o diretor da rádio com uma pinça pendurada no rosto, por cima do olho. Respirar fundo, contar até quanto mesmo? E depois de quase uma hora de tentativas, lá fui eu, sem piercing, de bochechas vermelhas de tanto ódio, de olhos inchados de tanto chorar, mas animada pensando que a história me renderia um bom post. Eu não tomo jeito mesmo.
“E no seu apartamento
Ela se esquecia de tudo
Não havia contratempo
Ela segurava o seu coração
E largava as roupas pelo chão”
(Princesa – Ludov)
Meia hora tentando tirar a maldita argola e nada. Mais meia hora tentando desenroscar a bolinha do piercing. Em vão. No telefone, uma amiga PhD no assunto diz: “Deve ser a pressão da bolinha. Tens que achar alguma coisa que ‘desmonte’ o piercing”. Alguma coisa como... “Uma pinça!”, pensei ao avistar o promissor instrumento.
Na frente do espelho, a primeira tentativa foi animadora. A argola cedeu e a bolinha do piercing saiu rolando pelo quarto enquanto eu olhava a minha cara de palhaça no espelho e tentava desvendar porque esse tipo de situação só acontece comigo. Sempre nas horas mais impróprias e mais desfavoráveis. A pinça se alojou bem no meio da argola e não tinha reza, nem promessa que a tirasse dali.
Me imaginei na entrevista com o diretor da rádio com uma pinça pendurada no rosto, por cima do olho. Respirar fundo, contar até quanto mesmo? E depois de quase uma hora de tentativas, lá fui eu, sem piercing, de bochechas vermelhas de tanto ódio, de olhos inchados de tanto chorar, mas animada pensando que a história me renderia um bom post. Eu não tomo jeito mesmo.
“E no seu apartamento
Ela se esquecia de tudo
Não havia contratempo
Ela segurava o seu coração
E largava as roupas pelo chão”
(Princesa – Ludov)
11 Comments:
At 12:34 PM, Anônimo said…
Dany Darling,
não só este post, mas a própria vida, já é uma tragicomédia. :)
Muitas vezes ouvi o mesmo refrão da música da Ludov.
Beijão!!!!
Rô
At 7:25 PM, Bina said…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
At 7:26 PM, Bina said…
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At 7:27 PM, Bina said…
hahahaha
Desculpa, amiga! Devia ter ido te ajudar, não ter te deixado com uma pinça! rsrsrs
obrigada pelo comentário lá no meu blog, é que urucubacas das brabas andam rondando minha vida...
te liguei no outro dia, ao meio-dia, acho q vc já tinha ido pra Tubarão...
beijos! me escreve um e-mail
At 8:57 PM, Lu said…
Putz! Precisava tirar o piercing? E pensar que eu te contratei só porque tu usava um - hehehe... É que eu sou uma chefe da nova geração. Sem mau humor e sem mofo... hehehe. Beijos!!!
At 11:06 PM, Anônimo said…
Esse seu post me faz lembrar uma entrevista de emprego que eu fiz no começo de 1990. Foi indicação de um amigo, não queria mudar de emprego e como não sabia como recusar, resolvi desafiar o entrevistador. Nunca fui tão prepotente na minha vida, coisa de moleque: ele disse o salário e eu fui taxativo: "isso é muito pouco"; Comentou do trabalho, um tremendo abacaxi, e eu respondi com a maior segurança: "isso eu faço com a maior facilidade". Conclusão: o cara me contratou no dia seguinte e não tendo mais como fugir, só me restou colocar a pá de cal no assunto: "você demorou para entrar em contato e já me chamaram...".
Bom, eu usei o seu post para fazer um post maior ainda, mas a moral da história é a seguinte: se você não estivesse nem aí para a sua entrevista, nada do que disse teria acontecido. Provavelmente você teria esquecido do piercing e o entrevistador nem reparasse nisso.
At 1:09 AM, Dany Darko said…
Shannyn: acho que encontrei mais um vício para a minha listinha: Ludov...
Bina, tu colocas meu piercing de volta?
Ah, Lu, sério, tu não é parâmetro de chefe! Aliás, tu és a única chefe que eu levei a sério até hoje...
Zaitochi, é bem provável se expectativa não fosse tão grande o drama também não seria... Enfim, nem Murphy explica...
At 10:10 AM, RodOgrO said…
Muito boa essa! Concordo com o Zaitochi... meu, depois conta se, pelo menos, conseguiu o emprego! rs
Até chegar à entrevista os olhos já tinham desinchado? Beijão, Dany, saudade!
At 1:14 AM, Anônimo said…
Lella
amei ver Ludov no seu post heeheheh, olha essas influencias... agora vc só precisa conhecer "SInseramente" do Cachorro Grande, mas vc jád eve conhecer né?
beijos e merda pra você
Juju
At 7:13 PM, Anônimo said…
Garota, vou te falar uma coisa... Esse é um post muitoooo útil! Comprei um piercing de argola hoje e não conseguia abrí-lo de jeito nenhum... Lendo o seu post, tentei forçar com a pinça e... voilà! Consegui abrí-lo! Sensacional! Tive de deixar um comentário de agradecimento! Obrigada! Abraços!
At 5:27 PM, Anônimo said…
Uruuuuul
tres anos tentando desenroscar o piercing e graças ao sem post eu conceguiii \o/ Valew =DDDDDD
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