Petit-gateau no bistrot
Um amigo comentou que, a exemplo da febre dos restaurantes orientais pela Europa (por aqui, tem pelo menos um chinês/japonês/vietnamita a cada quarteirão), na China, o fenômeno é o mesmo, às inversas. Ou seja, comum é encontrar restaurantes europeus everywhere.
E daí que eu lembrei que, em Porto Alegre, o must das rodinhas pseudo-intelectuais do meu meio jornalístico, era frequentar (não tem mais trema, né?) os glamourosos bistrots da Europa portalegrense: o bairro Moinhos de Vento, um grande exemplo prático da cultura européia brasileira. Mas, engana-se quem pensa que vai apreciar a culinária francesa nesses lugares. O nome nada mais é do que um indicativo do status desses recintos, pra dizer "olha como somos schiques", como em tudo ao que o brasileiro resolve nomear na língua francesa, para dar aquele up nas aparências em vista da banalidade dos conteúdos. E esse tipo de atitude, na minha opinião, é um índice de breguice e falta de informação.
Mas o que lá no Novo Mundo é hype, aqui, c'est normal. Na França, um bistrot é o que tem de mais básico em matéria de restaurante. É aquele lugar feijão-arroz-bife-batata frita, sem luxos ou frescuras, de preço acessível e culinária simples. E, ah, onde você não vai encontrar o petit-gateau que pedia com tanto orgulho de estar apreciando um doce típico francês. Nem nos bistrots, nem em nenhum lugar da França. Afinal, petit-gateau nada mais é do que outra invenção pseudo-chique da cultura européia brasileira. Petit-gateau francês, só mesmo no Brésil.
E daí que eu lembrei que, em Porto Alegre, o must das rodinhas pseudo-intelectuais do meu meio jornalístico, era frequentar (não tem mais trema, né?) os glamourosos bistrots da Europa portalegrense: o bairro Moinhos de Vento, um grande exemplo prático da cultura européia brasileira. Mas, engana-se quem pensa que vai apreciar a culinária francesa nesses lugares. O nome nada mais é do que um indicativo do status desses recintos, pra dizer "olha como somos schiques", como em tudo ao que o brasileiro resolve nomear na língua francesa, para dar aquele up nas aparências em vista da banalidade dos conteúdos. E esse tipo de atitude, na minha opinião, é um índice de breguice e falta de informação.
Mas o que lá no Novo Mundo é hype, aqui, c'est normal. Na França, um bistrot é o que tem de mais básico em matéria de restaurante. É aquele lugar feijão-arroz-bife-batata frita, sem luxos ou frescuras, de preço acessível e culinária simples. E, ah, onde você não vai encontrar o petit-gateau que pedia com tanto orgulho de estar apreciando um doce típico francês. Nem nos bistrots, nem em nenhum lugar da França. Afinal, petit-gateau nada mais é do que outra invenção pseudo-chique da cultura européia brasileira. Petit-gateau francês, só mesmo no Brésil.
5 Comments:
At 3:08 PM,
Chantinon said…
E agora aqui tem novela indiana... quer dizer, como a rede globo vê a India.
Vivo torcendo para acertar a cabeça em alguma parede, e vê se me insiro mais na sociedade atual. Tenho que assistir Big Brother, ver novelas, jornais e curtir axé. Temos que promover uma inclusão social dos que ainda pensam.
E isso é mundial.
Se o software para iPhone mais vendido é um simulador de pum!... Imagina o que não será o mundo com mais tecnologia e inserção social?
At 10:37 PM,
Anônimo said…
"Bistrot chique" é o que eu mais costumo ouvir por aqui.
Criz Azevedo
At 11:56 PM,
hires héglan said…
ui!
bom mesmo é comer tapioca na feira... sem frescuras, só com um monte de leite condensado!
At 11:01 AM,
carol bensimon said…
Dany, eu já vi petit gâteau pelo menos umas 3 vezes aqui em Paris, mas não com esse nome (que, obviamente, os brasileiros inventaram).
Outro dia eu até apontei e disse para a francesa, que comia um: 'c'est la mode au Brésil!
De qualquer forma, não me lembro o nome do troço, mas é certamente a origem.
At 5:25 PM,
Anônimo said…
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