Na padaria
Oito horas da noite, volta do trabalho, entro na padaria lotada com o pressentimento de não conseguir mais nenhum pãozinho vivo. Do outro lado do balcão, um homem de cabelos brancos e óculos, com os seus 60, 65 anos, vem me atender.
- O senhor ainda tem cacetinho? - pergunto, distraída.
E um silêncio constrangedor paira. Todas as pessoas se voltam para mim. Cochichos e risinhos. Enquanto isso, surge um princípio de sorriso irônico por debaixo do bigode do velhinho. Tento, em vão, manter a normalidade, não parecer uma tarada, pervertida, sem-vergonha. Olho para os lados, mexo na bolsa, coloco os cabelos para trás da orelha, mas o senhor segue parado na minha frente:
- Ainda tenho sim.
Que bom que ele não precisou conferir.
- O senhor ainda tem cacetinho? - pergunto, distraída.
E um silêncio constrangedor paira. Todas as pessoas se voltam para mim. Cochichos e risinhos. Enquanto isso, surge um princípio de sorriso irônico por debaixo do bigode do velhinho. Tento, em vão, manter a normalidade, não parecer uma tarada, pervertida, sem-vergonha. Olho para os lados, mexo na bolsa, coloco os cabelos para trás da orelha, mas o senhor segue parado na minha frente:
- Ainda tenho sim.
Que bom que ele não precisou conferir.
5 Comments:
At 3:36 PM, RodOgrO said…
PÁRA TUDO!!! Não se chama mais pãozinho de cacetinho aí no sul?? Mas como é que eu vou tirar sarro da minha sogra agora, meu deus?
O mundo está perdido.
At 12:56 AM, Anônimo said…
Pse!
Não é mais cacetinho ?
Sempre achei que fosse normal falar isso por ae
eeuheauehaehaiehaeaoiueahiuae
At 9:58 AM, Dany Darko said…
É que meio estranho perguntar: tu ainda tem cacetinho, né? Mas tá, tá, seus sem-graça, não vou ficar explicando o sentido da piada... :)
At 6:13 PM, Anônimo said…
bah, tão engraçado quanto quando tu me fez perguntar pro cara da Espaço Video se ele tinha "Carne Tremula". hahaha... m. :D
At 7:41 PM, Anônimo said…
lembra? rsrs... bjobjo m.
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