Ma vie en rose

De frente, de lado, de costas. En France.


segunda-feira, maio 22, 2006

Na padaria

Oito horas da noite, volta do trabalho, entro na padaria lotada com o pressentimento de não conseguir mais nenhum pãozinho vivo. Do outro lado do balcão, um homem de cabelos brancos e óculos, com os seus 60, 65 anos, vem me atender.

- O senhor ainda tem cacetinho? - pergunto, distraída.

E um silêncio constrangedor paira. Todas as pessoas se voltam para mim. Cochichos e risinhos. Enquanto isso, surge um princípio de sorriso irônico por debaixo do bigode do velhinho. Tento, em vão, manter a normalidade, não parecer uma tarada, pervertida, sem-vergonha. Olho para os lados, mexo na bolsa, coloco os cabelos para trás da orelha, mas o senhor segue parado na minha frente:

- Ainda tenho sim.

Que bom que ele não precisou conferir.

5 Comments:

  • At 3:36 PM, Blogger RodOgrO said…

    PÁRA TUDO!!! Não se chama mais pãozinho de cacetinho aí no sul?? Mas como é que eu vou tirar sarro da minha sogra agora, meu deus?

    O mundo está perdido.

     
  • At 12:56 AM, Anonymous Anônimo said…

    Pse!
    Não é mais cacetinho ?
    Sempre achei que fosse normal falar isso por ae
    eeuheauehaehaiehaeaoiueahiuae

     
  • At 9:58 AM, Blogger Dany Darko said…

    É que meio estranho perguntar: tu ainda tem cacetinho, né? Mas tá, tá, seus sem-graça, não vou ficar explicando o sentido da piada... :)

     
  • At 6:13 PM, Anonymous Anônimo said…

    bah, tão engraçado quanto quando tu me fez perguntar pro cara da Espaço Video se ele tinha "Carne Tremula". hahaha... m. :D

     
  • At 7:41 PM, Anonymous Anônimo said…

    lembra? rsrs... bjobjo m.

     

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