Coisa de mulher
Fui almoçar com a Angel um dia desses e, conversávamos na fila do caixa quando minha amiga desviou o olhar, mudou subitamente de expressão e alterou a voz: “Algum problema?” – ela perguntou. Sem entender nada do que estava acontecendo, comecei a procurar a vítima do xingão. Ainda alterada, Angel me apontou uma moça e explicou que ela estava indiscretamente de olho na nossa conversa. “E pior, ficava te olhando de cima a baixo!”, bradou minha amiga. Eu ri muito da situação e confessei que já tinha tido a mesma atitude da garota intrometida.
É estranho esse comportamento que nós, mulheres, temos de ficar nos cuidando, nos analisando, nos comparando. Eu garanto que somos muito mais observadas por meninas do que por meninos. E isso acontece desde que somos pequenas. Um tempo atrás, quando estava na fila de um banco, uma menininha esqueceu da vida e quase se perdeu da mãe porque, ao passar por mim, ficou enfeitiçada por um sapato colorido que eu usava. Outro dia, enquanto caminhava distraída na Redenção me deparei com duas adolescentes me encarando a menos de dois metros de mim. Depois que se afastaram, uma delas gritou: “A gente adorou o teu cabelo”. Da última vez que fui para Tubarão, uma vizinha de cinco anos veio correndo assim que me viu chegar para me mostrar uma saia plissada. “Pedi para minha mãe fazer uma igual a tua”, explicou.
O mais engraçado é que não noto esse comportamento nos meninos. Eles não ligam e nem reparam em roupa, cabelo, maquiagem. Talvez se detenham mais nas formas... Esse detalhismo é invariavelmente feminino, coisa de mulher mesmo, e até as menos vaidosas, ou as extremamente desligadas, como eu, são (somos) vítimas.
Entre as várias histórias que lembro sobre o assunto, uma priminha de quatro anos bateu todos os recordes. Ela percebeu uma mudança mínima na cor do meu cabelo. Desde o momento em que me viu, ficou me olhando, absorta, até que disparou: “Teu cabelo está mais vermelho”. Sim, eu tinha mudando para um tom acima do que costumava usar. Impressionante.
É estranho esse comportamento que nós, mulheres, temos de ficar nos cuidando, nos analisando, nos comparando. Eu garanto que somos muito mais observadas por meninas do que por meninos. E isso acontece desde que somos pequenas. Um tempo atrás, quando estava na fila de um banco, uma menininha esqueceu da vida e quase se perdeu da mãe porque, ao passar por mim, ficou enfeitiçada por um sapato colorido que eu usava. Outro dia, enquanto caminhava distraída na Redenção me deparei com duas adolescentes me encarando a menos de dois metros de mim. Depois que se afastaram, uma delas gritou: “A gente adorou o teu cabelo”. Da última vez que fui para Tubarão, uma vizinha de cinco anos veio correndo assim que me viu chegar para me mostrar uma saia plissada. “Pedi para minha mãe fazer uma igual a tua”, explicou.
O mais engraçado é que não noto esse comportamento nos meninos. Eles não ligam e nem reparam em roupa, cabelo, maquiagem. Talvez se detenham mais nas formas... Esse detalhismo é invariavelmente feminino, coisa de mulher mesmo, e até as menos vaidosas, ou as extremamente desligadas, como eu, são (somos) vítimas.
Entre as várias histórias que lembro sobre o assunto, uma priminha de quatro anos bateu todos os recordes. Ela percebeu uma mudança mínima na cor do meu cabelo. Desde o momento em que me viu, ficou me olhando, absorta, até que disparou: “Teu cabelo está mais vermelho”. Sim, eu tinha mudando para um tom acima do que costumava usar. Impressionante.
2 Comments:
At 11:09 AM, Anônimo said…
Esses dias tava no onibus e um casal me olhando, sabe como é agradável né, lotado, gente se esfregando e eu quase caindo em cima do casal cheia de sacolas, eles olhavam cochichavam e eu morrendo de curiosidade, até que escutei, ah, mas ficou bonito no rosto dela... fiquei feliz do meu enfeito diário ter chamado a atneção e ter sido analisado heheh, pelo menos por ser bonito... beijocas
At 7:48 PM, Anônimo said…
Brian Eno, by this river...
Batman
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