Ma vie en rose

De frente, de lado, de costas. En France.


domingo, janeiro 02, 2005

Adeus 2004

Finalmente 2004 acabou: o ano mais ordinário dos meus 24 vividos. Nunca tudo deu tão errado para mim, do começo ao final. Tudo culpa de 2004.
Começou errado com uma confusão terrível na virada. Distraída e viajona como sou, ao sair de casa para os festejos, esqueci de dar um toque no celular da Van para avisá-la. Ela ficou em casa, esperando a noite inteira e eu paguei todos os meus pecados quando, no primeiro dia do ano em O Sul, as pessoas me olhavam como se eu fosse o ser mais execrável do mundo.
Passei um Carnaval do cão, derretendo no jornal, substituindo meu sub-editor, coordenando uma equipe de estagiários (como eu) condenada a trabalhar doze horas seguidas preenchendo páginas com idiotices copiadas de agências. Depois de sapatear na redação me negando a trabalhar pelo terceiro final de semana seguido, fui demitida. Por isso tive que adiar minha formatura em um semestre. Faltou grana, alguns amigos ficaram pelo caminho, outros fugiram para não ficar nem na memória. Na verdade, esses nem mereciam mesmo. Parentes fizeram de tudo para acabar com os planos da minha família. Tive vontade de sumir, desaparecer. Enlouqueci total. Cortaram minha luz, meu telefone, meu chuveiro queimou umas três vezes. Quase perdi o Mateus, por erros e cabeçadas minhas. Uma pessoa fez de tudo para arruinar nossa volta e nosso relacionamento, mas embora as tentativas continuem incisivamente descaradas, isso só serviu para nos unir ainda mais. Monografia: quanto sofrimento, noites sem dormir, dias sem comer. No dia da entrega meus arquivos não abriam, o revisor me entregou a mono cheia de erros um dia depois do prazo de entrega na faculdade. Por conta dos estresses, passei o ano doente, perdi a conta de quantas gripes, rinite a mil, sinusite, laringite, conjutivite. Nem minha cachorra me agüentou e voltou para Tubarão.
Para fechar o chave de ouro, voltei do Natal em Tubarão sem me despedir do meu pai e uma briga homérica com a minha mãe no último dia do ano.
Mas enfim, terminou. E ao contrário do que até eu mesma imaginava, sobrevivi.


2 Comments:

  • At 5:14 PM, Blogger VAN said…

    Dany, agora que 2004 acabou, posso confessar. Eu tava sem a mínima vontade de sair de casa naquele dia 31 de dezembro de 2003. Lembro que a Caramellada tava na Gaúcha esperando a Sarah p/ irem p/ uma festinha do pessoal da rádio e queria q eu fosse junto. Eu, claro, não. "Tá bom aqui", dizia.
    Engraçado que eu iniciei 2004 ouvindo os conselhos, por telefone, da Prizinha sobre a 'love story' que eu tava vivendo. Conselhos que, agora sei, deveria ter seguido, mas fiz exatamente o contrário.
    De qq forma, eu tava feliz naquele 31 de dezembro de 2003, prestes a me descobrir completamente apaixonada. Portanto, esquece essa confusão...
    Claro, eu tinha que fazer um drama no dia seguinte, mas só pra não perder o hábito. hehe. Falando naquele primeiro de janeiro, tu te lembras de uma certa pessoa bêbada no meio da redação? hehe

     
  • At 11:00 PM, Blogger Unknown said…

    putz, meu 2004 tb foi bem conturbado.
    mas de crescimento. crescer dói pra caralho.
    beijos! feliz 2005

     

Postar um comentário

<< Home