Na pele
Ontem, revendo as fotos de um feriado, elegi uma preferida: calmamente, ele caminha para o mar, ao lado de um amigo. Observar o momento, clicado por mim, me trouxe à tona a sensação do toque e da temperatura da pele dele naqueles dias. A imagem levou ao meu inconsciente o quanto eu gostaria de repetir aquele ato tão comum: estender a palma da mão nas costas dele, medindo o calor do sol na epiderme bronzeada. Depois o abraço, aproximar minha face à coluna, entornar seus ombros com os meus braços, sentir a pele quente nos meus lábios. Mas o carinho não vinha só, era sempre acompanhado pelo sentimento de angústia por saber que aquilo, em um dia bem próximo, tinha data marcada para o fim. Por sorte, ainda consigo repetir o gesto em sonhos como o da última noite – um alívio temporário, mas doloroso. Porque quando acabam, passam ser uma ilusão, assim como as lembranças. Porque sonhos também têm fim. Mas não a tristeza, como já dizia o poeta.
Ouvindo: Not over yet - Klaxons
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2 Comments:
At 9:23 AM, RodOgrO said…
E as coisas tornam-se tanto mais intensas por terem "prazo"... Ô bode, querida! Q chato! =(
Bejokas :*
At 12:59 AM, Isadora said…
ai ai...
pisciana, né ?
explicado.
minha vontade é crtl c + crtl v desse texto na minha agenda, na minha cabeceira, na minha vida, viu ? você conseguiu traduzir.
obrigada !
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