Chupa, França
Chegou uma moradora brasileira no prédio. Como que eu sei, né? Deve ser porque ela canta Ivete Sangalo o dia inteiro na janela.
Tipassim, plaina aquele orgulho brasileiro na alma, e ela precisa si aparecê. Cheguei, sou do Brasi-il-il mode on.
Tudo bem se ela cantasse "se eu não te amasse tanto assim" ou "pererê", aquele que não gosta de sorvete quente. Mas a faixa predileta da minha conterrânea é "chupa toda", a qual ela cantarola incessadamente. Na janela do seu apartamento. De frente para a janela do meu apartamento. E o diabo ecoa pela rua inteira. É lin-do-de-se-ver.
A música possui esses exímios versos (momento aprenda a cantar você também):
"Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca, eu vou
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
E aí chupa toda
Disse, toda
Chupa toda
Disse, toda
Chupa toda"
Pior, o que acontece se a rue começa a pensar que sou quem canta Chupa toda? Gente, esse problema me concerne. Estou com a minha popularidade brasileira phina ameaçada!
Comentei a chegada da moçoila com a minha mãe. Constatamos que ela deve pensar que é novidade aqui no pé dos Alpes, onde existe uma explosão populacional de brasileiros.
Maman acha que eu devo dar a real para a conterrânea, que é inaceitável que ela cante baixarias na janela e fira a decência nacional. A idéia da progenitora consiste em bater da porta da nova moradora e dizer: "Minha filha, isso aqui é um prédio de família!".
E num dia de extrema perturbação, resolvi me apresentar. Chupa toda entoava e coreografava na janela e eu larguei um "Silêncio!". O desejo se tornou realidade por aquele dia. Aquele, né.
Agora vou ali levar um cacho de uva pra ela e já volto, que coitadinha deve estar passando fome. Ainda bem que não falta uva na França.
Tipassim, plaina aquele orgulho brasileiro na alma, e ela precisa si aparecê. Cheguei, sou do Brasi-il-il mode on.
Tudo bem se ela cantasse "se eu não te amasse tanto assim" ou "pererê", aquele que não gosta de sorvete quente. Mas a faixa predileta da minha conterrânea é "chupa toda", a qual ela cantarola incessadamente. Na janela do seu apartamento. De frente para a janela do meu apartamento. E o diabo ecoa pela rua inteira. É lin-do-de-se-ver.
A música possui esses exímios versos (momento aprenda a cantar você também):
"Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca, eu vou
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
E aí chupa toda
Disse, toda
Chupa toda
Disse, toda
Chupa toda"
Pior, o que acontece se a rue começa a pensar que sou quem canta Chupa toda? Gente, esse problema me concerne. Estou com a minha popularidade brasileira phina ameaçada!
Comentei a chegada da moçoila com a minha mãe. Constatamos que ela deve pensar que é novidade aqui no pé dos Alpes, onde existe uma explosão populacional de brasileiros.
Maman acha que eu devo dar a real para a conterrânea, que é inaceitável que ela cante baixarias na janela e fira a decência nacional. A idéia da progenitora consiste em bater da porta da nova moradora e dizer: "Minha filha, isso aqui é um prédio de família!".
E num dia de extrema perturbação, resolvi me apresentar. Chupa toda entoava e coreografava na janela e eu larguei um "Silêncio!". O desejo se tornou realidade por aquele dia. Aquele, né.
Agora vou ali levar um cacho de uva pra ela e já volto, que coitadinha deve estar passando fome. Ainda bem que não falta uva na França.