Ma vie en rose

De frente, de lado, de costas. En France.


segunda-feira, julho 20, 2009

Chupa, França

Chegou uma moradora brasileira no prédio. Como que eu sei, né? Deve ser porque ela canta Ivete Sangalo o dia inteiro na janela.

Tipassim, plaina aquele orgulho brasileiro na alma, e ela precisa si aparecê. Cheguei, sou do Brasi-il-il mode on.

Tudo bem se ela cantasse "se eu não te amasse tanto assim" ou "pererê", aquele que não gosta de sorvete quente. Mas a faixa predileta da minha conterrânea é "chupa toda", a qual ela cantarola incessadamente. Na janela do seu apartamento. De frente para a janela do meu apartamento. E o diabo ecoa pela rua inteira. É lin-do-de-se-ver.

A música possui esses exímios versos (momento aprenda a cantar você também):

"Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca, eu vou
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
E aí chupa toda
Disse, toda
Chupa toda
Disse, toda
Chupa toda"

Pior, o que acontece se a rue começa a pensar que sou quem canta Chupa toda? Gente, esse problema me concerne. Estou com a minha popularidade brasileira phina ameaçada!

Comentei a chegada da moçoila com a minha mãe. Constatamos que ela deve pensar que é novidade aqui no pé dos Alpes, onde existe uma explosão populacional de brasileiros.

Maman acha que eu devo dar a real para a conterrânea, que é inaceitável que ela cante baixarias na janela e fira a decência nacional. A idéia da progenitora consiste em bater da porta da nova moradora e dizer: "Minha filha, isso aqui é um prédio de família!".

E num dia de extrema perturbação, resolvi me apresentar. Chupa toda entoava e coreografava na janela e eu larguei um "Silêncio!". O desejo se tornou realidade por aquele dia. Aquele, né.

Agora vou ali levar um cacho de uva pra ela e já volto, que coitadinha deve estar passando fome. Ainda bem que não falta uva na França.

sexta-feira, julho 17, 2009

Estou de férias

Ontem, depois de beber três garrafas grandes de smirnoff ice, uma de vinho e outra de Baileys com uma amiga colombiana mais zorba virada que eu, eu estava num restaurante italiano com petit-ami e dois amigos dele comendo berinjelas e imitando um cavalo bravo. Em muito alto e pouco bom som.

E ainda saí com uma desculpa que eu não jogaria beach volley com eles hoje porque eu tinha um trabalho voluntário de monitoria em um teatro infantil de crianças carentes em Echirolles. NAONDE isso?

Tudo isso sem consciência pesada. Estou rindo sem parar até agora.

Sai de mim, Jessica Sanders!

quarta-feira, julho 01, 2009

Da série "Minha mãe é uma sereia"

No msn:

[11:51:35] Sônia dit:
encontrei um amigo de teu pai e ele falou que teu pai sempre nos elogiava e dizia que nós éramos tudo o que ele tinha de mais importante, que ele falava muito em ti e no teu irmão, com orgulho

[11:52:03] Darko dit:
e aí tu não chorou, né, mãe?

[11:52:35] Sônia dit:
ehehehehehehe

[11:52:37] Darko dit:
chorou?

[11:52:50] Sônia dit:
não, estou tomando fluoxetina

Atóron!